Letargia, dúvidas e depressão

Antes de qualquer coisa, eu preciso me desculpar pelas poucas pessoas que dão uma olhada neste blog, já que faz um tempão que não escrevo nada. Porém a letargia me impedia de colocar no papel o que borbulhava na minha cabeça.

O tema abordado neste texto será crise da meia idade. Muitos afirmarão que a crise da meia idade não existe, ou que acontece por volta dos 50 anos, cada um tem sua maneira de pensar e nomear os acontecimentos de sua vida como quiser, a questão é que eu vejo VÁRIOS amigos na minha faixa etária (30) fazendo – se o mesmo tipo de questionamento: Eu cheguei no patamar da minha vida que pretendia a essa altura?Estou com a pessoa certa, no lugar que queria, com o emprego que sonhava e a remuneração que pretendia? Estou feliz?

Como a vida não é um sonho e quase sempre desviamos nosso caminho várias vezes pelas mais diversas necessidades, a resposta para a maioria das perguntas acima costuma ser não. Neste momento vem a tristeza, que evolui para depressão, até chegar ao estágio em que não se tem vontade de fazer nada, a letargia. Somando se a isso o fato que atraímos para próximo de nós seres com afinidade com esse tipo de sentimento tudo se torna ainda mais complicado.

Porém vamos racionalizar sobre o sentimental, se eu estou insatisfeito com minha vida, ainda sou relativamente jovem e tenho um mundo de oportunidades de mudança a minha frente, não é muito mais produtivo canalizar as ultimas energias para sair do limbo, parar de se martirizar, de se lamuriar e correr atrás?

Não sou melhor que nenhum de vocês que tiverem algum tipo de identificação com esse texto, mas eu cansei de atribuir ao acaso as coisas ruins que acontecem e as coisas boas que não acontecem na minha vida. Se eu sou o reflexo das minhas ações e atitudes, vou correr atrás, ao menos vou saber que tentei ser melhor, que fui onde pude, mas não fiquei sentado no sofá sofrendo e maldizendo minha falta de sorte na vida.

A palavra de ordem é buscar, correr atrás, justifiquemos nossa existência, pois nunca saberemos o momento que precisáremos estar prontos para fazer a diferença, seja para uma pessoa, uma comunidade, um pais, ou até o mundo.

    • Rilson Nogueira
    • 26 de abril de 2012

    Muito bom primo. Esta é a forma correta de se pensar. Somos o reflexo de como agimos e te digo mais, corremos o risco de ver estas mesmas ações em nossos filhos e familiares mais próximos que muitas vezes nos enxergam como exemplos. Excelente texto!!

    • Acredito até que todos sabem na teoria o que devem fazer, mas precisam ser confrontadas com a realidade para agir.

    • Lucas Cunha
    • 26 de abril de 2012

    Acho que tudo isso tem muito a ver com a nossa formação: “Eu cheguei no patamar da minha vida que pretendia a essa altura?Estou com a pessoa certa, no lugar que queria, com o emprego que sonhava e a remuneração que pretendia? Estou feliz?” Parece que fomos moldados, aos 30, para termos respostas (definitivas) para todas estas perguntas. Sendo que a maioria daqueles que nos cobram estas respostas, não estejam nada satisfeitos com suas vidas. A cada dia vejo que cobrança externa tem muito a ver com frustração interna.

    Mas também estou atrás dessa energia para sair da letargia, uma situação que você não está satisfeito mas acaba preso por, ao que me parece, um próprio boicote interno. As vezes seu próprio corpo te boicota, não te dá a energia e tranquilidade necessária.

    O lado bom, caso haja, dessa crise dos 30, é ver que ainda tem muita bola pra rolar. Criticamos tanto os jogadores que ao chegar em determinada idade, nem tão velhos assim como Adriano, que mesmo com grande potencial para fazer a diferença, parece que até gostam de jogar bola, mas que não querem mais estar lá. Só que, no futuro, eles irão ver que aqueles foram os melhores dias de suas vidas.

    Acho estamos nos nossos. Você, podendo acompanhar o crescimento de sua filha, um momento único. Fora as revoluções pessoais que eu espero que venham a reboque.

    • Concordo, as cobranças sempre existirão, mas temos que começar por enxergar a fonte do problema dentro de nós mesmos, talvez assim seja mais fácil ter energia para sair do buraco. Abraço

  1. Os trinta anos pesam. Acho que até mesmo porque para nós que nascemos no início da década de 80, os tinta sempre pareceram a época de muitas realizações. Vou fazer trinta e não tenho e nem sou metade ainda do que projetei. Mas o que estimula é que hoje em dia os 30 anos são vistos de forma diferente, até aqui tudo foi treino, agora que começou o jogo de fato.
    obs.: Gostei do texto.

    • Concordo plenamente com o seu comentário, espero que possamos comemorar o triunfo neste jogo da vida. Obrigado!

    • Tico
    • 17 de maio de 2012

    É muito interessante este seu pensamento, mais eu de fora, vejo em você uma pessoa realizada, no seu trabalho na sua vida familiar… Concordo com este seu lado de buscar a sua realização que até então você acha que não alcançou. Descordo da maneira como ela é buscada, desprezando o que já foi alcançado ao longo desta peregrinação à tão sonhada realização. Acredito que você deve estar com a mente borbulhando como você mesmo citou cheia de idéias, mais uma coisa é certa não se deprecie valorize-se, e agradeça a Deus tudo que já conseguiu e o que passou por seu caminho, filtre-as e extraia o melhor e continue vivendo, porque a vida e bela e só temos uma.

    • Raimunoi jose
    • 24 de maio de 2012

    Porra Bruno deixa de maricagem, viado veio!
    Vitoooooriaaaaa,,,,,,,,,,,

  1. No trackbacks yet.

Deixar mensagem para Bruno Q. B. Sousa Cancelar resposta